Após dois dias, o júri popular condenou nesta quarta-feira (16) quatro homens pelo envolvimento na morte do empresário Kleber Malaquias. O júri, realizado no Fórum do Barro Duro, em Maceió, foi presidido pelo juiz Eduardo Nobre e a acusação foi conduzida pelos promotores de Justiça Lídia Malta e Thiago Riff.
A condenação dos réus foi a seguinte:
24 anos de prisão: Marcelo José de Souza – Na sentença, o juiz afirma que o fato de ser policial militar exige uma conduta reta, na qualidade de conhecedor da lei e ele infringiu incidindo na prática de homicídio qualificado. Em desfavor do réu, como agravante, o Conselho de sentença reconheceu duas qualificadoras : a impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido o crime cometido mediante promessa de recompensa;
30 anos de prisão: Fredson José dos Santos – a sentença afirma que tem conduta social negativa visto ser ex-policial militar e ser expulso por ato incompatível com o honroso cargo que ocupava rotulando seu comportamento de péssimo. A pena foi baseada nas mesmas qualificadoras de Marcelo;
8 anos de regime semiaberto: Edinaldo – teve pena base fixada em 12 anos, mas considerando que teve participação de menor importância, houve redução da pena em 1/3 e, por isso, ficando definitivamente em oito anos de reclusão em regime aberto;
8 anos de semiaberto; José Màrio – a justificativa é que já estavam presos tendo direito à progressão. Retirando das suas penas 3 anos, 7 meses e 29 dias, as definitivas para ambos foram de quatro anos, quatro meses e um dia para Edinaldo,; e oito anos quatro meses e um dia para José Mário.
O juiz também pediu a perda do cargo de militar de José Mário e de Marcelo José.
O crime
Kleber Malaquias foi assassinado com dois tiros, no dia de seu aniversário, em 15 de julho de 2020, dentro do bar da Buchada, localizado na Avenida Teotônio Vilela, na Mata do Rolo, na cidade de Rio Largo. A vítima era conhecida por fazer diversas denúncias contra políticos e por fornecer informações ligadas a essas mesmas denúncias à polícia e ao MPAL.
O Ministério Público ainda trabalha para identificar o autor intelectual do assassinato.