25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Mamãe Falei: a excrescência de uma nova onda política idiotizada e escatológica

Em áudio ele viola questões humanitárias das ucranianas e fala até de lamber-lhes o “c… com a língua”

Mamãe Falei, eleito na onda do desrespeito e da idiotice que lhe segue

A onda da “nova política”, que surgiu em meio a histeria dos exacerbados  “nacionalistas” e “patriotas” brasileiros da eleição passada,  fez emergir figuras como “Mamãe Falei”.

Imagine que ele teve quase 500 mil votos em São Paulo,  surfando na esteira escatológica do populismo barato do bolsonarismo e chegou à Assembleia Legislativa como uma estrela da nova onda.

Onda essa em que a tônica é, se possível, colocar os negros de volta à senzala e homens e mulheres gays nas altas fogueiras de eucaliptos ou de madeira de lei da Amazônia.

Lá como cá surgiram figuras como o tal Mamãe Falei. Estão dentro do Congresso Nacional e nas demais casas legislativas de estados e municípios.

São figuras com todo o tipo de “recalque que emergiram dos esgotos do inconsciente e hoje desfilam euforicamente pelas ruas, escolas, universidades, repartições públicas, almoços de família”, como bem disse a pensadora Eliane Brum.

De fato, essas figuras transbordaram na última eleição e uma grande parte da sociedade passou a relativizar as idiossincrasias e agressões dessa gente aos semelhantes.

Elas estão espelhadas em um presidente da República que age como eles e pensam iguais. Uma gente que até fala em nome de Deus, da família e, claro, da propriedade, mas sonha cotidianamente com o extermínio dos desafetos.

Mamãe Falei é o legítimo produto desse meio, ao ponto de ir à Ucrânia – pela simples falta do que fazer enquanto parlamentar – custeado com dinheiro público e gravar áudio degradando a condição da mulher ucraniana, com a maior naturalidade do conteúdo que lhe pertence e o forjou como político.

É dele a seguinte declaração: – “Mano, estou mal. Passei agora, 4 barreiras alfandegárias, duas casinhas pra cada país. Eu contei, são 12 policiais deusas. Que você casa e faz tudo que ela quiser. Eu estou mal cara, não tenho nem palavras para expressar. Quatro dessas eram ‘minas’ que se ela cagar [sic] você limpa o cu dela com a língua. Inacreditável. Assim que essa guerra passar eu vou voltar para cá”.

O sujeito achou pouco e mandou áudio para os amigos dizendo que as ucranianas “são mulheres fáceis por que são pobres”.

As ucranianas sofrendo com uma guerra insana são alvos dessa perversidade chamada de  “mamãe”, que é seguido nas redes sociais por uma infinidade de uma claque sem noção.

Não vai ser fácil a volta dessas figuras para os esgotos de onde saíram. Se eles são a novidade acolhida, deles quero muita distância.

Mas, como surgiram na “onda”, vamos crer que isso passa. Mas não pode passar impunemente.

Principalmente, para o sujeito que se apresenta como candidato a governador do maior estado do Brasil.

 

One Comment

  • “Mamãe Defequei”, como bem apelidou o filósofo Paulo Guiraldelli, agora foi desmascarado para o grande público conhecer esta figura execrável eleita pelo ódio e pelo medo das esquerdas propagados por uma mídia igualmente maldosa, maliciosa e racista.

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