28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Mesmo patamar de 2009: PIB tem queda recorde de 9,7% no 2º trimestre

Produto Interno Bruto caiu 11,4 % na comparação com o segundo trimestre de 2019

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve queda de 9,7% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior.

O PIB caiu 11,4 % na comparação com o segundo trimestre de 2019. Ambas as taxas foram as quedas mais intensas da série, iniciada em 1996. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho, houve queda de 2,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Só no primeiro semestre do ano, a economia somou queda de 5,9%. Já no acumulado dos últimos 12 meses (terminados em junho de 2020), o recuo é de 2,2%. Em valores atuais, o PIB, que é soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 1,653 trilhão.

Queda histórica

A retração da economia resulta das quedas históricas de 12,3% na indústria e de 9,7% nos serviços. Somados, indústria e serviços representam 95% do PIB nacional. Já a agropecuária cresceu 0,4%, puxada, principalmente, pela produção de soja e café.

Na indústria, o recuo se deve às quedas de 17,5% nas indústrias de transformação, 5,7% na construção, 4,4% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e 1,1% nas indústrias extrativas.

Os únicos resultados positivos foram verificados em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,8%) e nas atividades imobiliárias (0,5%).

Os analistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o PIB em 2020: segundo Boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central, a expectativa passou para queda de 5,28%. Há quatro semanas, a estimativa era de retração de 5,66%.

Previsão para 2021

As estimativas do mercado para o ano que vem são mais otimistas que as do governo, que reduziu sua projeção de crescimento econômico em 2021 de 3,3% para 3,2%. O cálculo faz parte do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), enviado ontem ao Congresso. A estimativa anterior foi apresentada ao Legislativo no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias).

Além de esperar um crescimento menor do PIB no próximo ano, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também reduziu a estimativa para a inflação oficial de 2021, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A projeção passou de 3,65% para 3,24%.

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