Uma grande mobilização dos militares alagoanos está sendo organizada pela Associação dos Oficiais Militares do Estado de Alagoas (Assomal) para a Assembleia Geral do próximo dia 25. Na oportunidade dos militares vão decidir se ficam aquartelados ou adotam a operação padrão, que reduz os serviços da corporação em 70%.
Segundo o tenente Mizael Pessoa, vice-presidente da Assomal, todos os militares estão sendo convocados para o encontro, cujo objetivo é garantir o direito ao reajuste salarial de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O governo Renan Filho (PMDB) tem se negado a uma negociação com neste sentido.
Ainda segundo o tenente, apesar das reuniões das associações militares com os representantes das Secretarias de Estado da Fazenda, Defesa Social e Ressocialização, Gabinete Civil, comandos-gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, onde foi mostrado o esforço da tropa para reduzir a violência e salvar vidas, não houve um avanço para recuperar as perdas salariais de até oito anos. Além do IPCA, outro entrave são as promoções dos militares garantidas por Lei e que não saem desde fevereiro.
O tenente Mizael Pessoa destaca que os militares têm feito sua parte, trabalhando duro, sem medir esforços e arriscando suas vidas. Enquanto os quarteis continuam com problemas estruturais: faltam viaturas, coletes e armamentos para tropa, além do reajuste e das promoções que não saem. Apesar do esforço dos comandos-gerais e do secretário da Defesa Social e Ressocialização, ele afirma que é preciso mais valorização pelo Governo.
”Estamos no sacrifício, muitas vezes extrapolando a carga horária e de graça. Temos 53% a mais de armas de fogo apreendidas, 500 meliantes a mais do que o ano passado retirados de circulação, cerca de 300% a mais de entorpecentes apreendidos. O que não entendo é porque tratar os iguais de maneira diferente, queremos o IPCA para todos os militares”, afirma o vice-presidente tenente Mizael.