O Ministério Público de São Paulo (MPSP) anunciou que já ter identificado as delegacias onde possivelmente estão lotados os policiais suspeitos de participarem do assassinato do empresário Antonio Vinicius Gritzbach, que lavava dinheiro para o PCC. Ele foi assassinado no aeroporto de Guarulhos, na sexta-feira, 8 de novembro.
Os policiais estariam lotados em duas delegacias do bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, e em duas delegacias especializadas: o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A informação é da CNN.
Segundo fontes do MP, Gritzbach apontou em sua delação situações específicas em que essas delegacias atuaram em benefício da organização criminosa PCC, que teria encomendado o assassinato por R$ 3 milhões.
Para avançar na apuração, nesta segunda-feira, o Ministério Público de São Paulo iniciou uma força-tarefa com a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, a Corregedoria da Polícia e órgãos de inteligência para tentar identificar os policiais corruptos dentro do aparato estatal, ligados não apenas ao assassinato como também de envolvimento com o PCC.
O MP também pedirá, na manhã desta segunda-feira, a rescisão do acordo de colaboração premiada em razão da morte do empresário e a autorização judicial para que as provas que ele ofereceu possam ser utilizadas nas investigações.