25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Ministro posta que Auxílio Emergencial cairia para R$ 300, mas deleta o tweet

Prorrogação do auxílio emergencial, que hoje é de R$ 600, tem sido discutida internamente no governo; Guedes acha que a “vida está boa e tranquila”

O ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, afirmou que a extensão do auxílio emergencial por três meses teria parcela de R$ 500, R$ 400 e R$300, valores que superam os que vinham sendo discutidos publicamente até então.

“O governo vai pagar três parcelas adicionais (de R$ 500, R$ 400 e R$ 300) do auxílio emergencial. A proposta faria o benefício chegar neste ano a pelo menos R$ 229,5 bilhões. Isso é 53% de toda a transferência de renda já feita no programa Bolsa Família desde o seu início, em 2004”. Ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo.

Mas a informação, publicada na conta do próprio ministro no Twitter no início da manhã desta quinta-feira (25), foi apagada pouco depois. A pasta comandada por ele disse que a publicação está incorreta e que o assunto ainda está em discussão no governo.,

A prorrogação do auxílio emergencial, que hoje é de R$ 600, tem sido discutida internamente no governo. O tema deve ser novamente debatido nesta quinta em reunião de Bolsonaro com os ministros Braga Netto (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Cidadania), além dos presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto e da Caixa, Pedro Guimarães.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende a manutenção dos R$ 600 mensais. Mas Paulo Guedes, titular da Economia, acha que esse valor deixa a vida do brasileiro muito na boa:

“Se falarmos que vai ter mais três meses, mais três meses, mais três meses, aí ninguém trabalha. Ninguém sai de casa e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo. E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia”. Paulo Guedes, ministro da Economia, que defende o valor de apenas 200 reais.