
Enquanto a Câmara Municipal de Maceió aprova generosamente um empréstimo dolarizado de mais de R$ 257 milhões para a Prefeitura de Maceió, às vésperas da eleições para prefeito, o Ministério Público de Contas vai investigar o desvio de quase R$ 6 milhões na Secretaria Municipal de Saúde.
O desvio foi constatado por uma auditoria do DENASUS, do Ministério da Saúde, realizada em janeiro deste ano. Pelos dados levantados, o dinheiro, oriundo de rubricas federais, desapareceu sem que houvesse comprovação dos gastos. A auditoria foi solicitada pela Conselho Municipal de Saúde, que já vinha denunciando casos de corrupção dentro da pasta do governo de Rui Palmeira (PSDB).
Não foi por outra razão que o Conselho também rejeitou o relatório das contas da Secretaria Municipal de Saúde, em 2013, pela unanimidade de votos. Na oportunidade, apenas um conselheiro se absteve do processo, que foi exatamente a secretária de Saúde Sylvana Medeiros.
A investigação do rombo de quase R$ 6 milhões do governo Rui Palmeira, na Saúde, está a cargo do Procurador do Ministério Público de Contas, Ricardo Schneider Rodrigues. A denúncia ao MP de Contas chegou via auditoria do próprio Ministério e por meio do Fórum Permanente de Combate à Corrupção.
O Fórum também prepara farta documentação para MP de Contas, sobre o caso do Restaurante Popular, que cancelou o contrato que tinha com APAE, instituição que cuida de excepcionais no Estado, e o prefeito Rui palmeira assinou o contrato com um restaurante de propriedade da tia do vice-prefeito Marcelo Palmeira, conforme publicação no Diário Oficial do Município. O contrato com a empresa da parente do vice foi firmado com preço bem superior ao contrato anterior.
Neste caso o valor do contrato assinado pelo prefeito de Maceió, em janeiro deste ano, é de R$ 2.397 milhões.