Não é de hoje que as eleições para o comando da Ordem dos Advogados do Brasil, em Alagoas, é um evento pelo poder, que interessa a grupos com força de domínios estratégicos, bem como a grandes escritórios de advocacia.
Unidos nos interesses comuns ele são mais fortes para atingir os objetivos a que se propõem.
A questão da representatividade da Ordem, enquanto instituição, que já foi marco e referência na defesa da democracia no País, isso ficou no passado. Os tempos são outros e os líderes da nova ordem são, determinantemente, pragmáticos.
Contra esse sistema, duas mulheres, advogadas corajosas, decidiram montar uma chapa para enfrentar essa esfera de poder. Elas são Lavínia Cavalcanti, para presidente, e Gabriela Holanda, vice.
Formaram uma chapa composta em sua maioria por advogadas. Sabem das dificuldades que estarão enfrentando numa eleição online pela primeira vez. O que, aliás, expõe ainda mais a frieza de um processo eleitoral.
Sabem elas, inclusive, que é difícil derrotar os grandes escritórios jurídicos envolvidos, mas também que não é impossível. Sobretudo porque contam com o voto silencioso de profissionais insatisfeitos com o sistema que enche os olhos de uns e nada vê do sofrimento de outros.
Há questionamentos até sobre salas de advogados que foram banidas de prédios que abrigam a área da justiça, em cidades do interior do Estado.
Enfim. Elas estão dispostas, nesta terça-feira, 19, a enfrentar tudo de alma limpa e determinação de guerreiros e guerreiras na luta.