18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Nas calçadas e esquinas a miséria; nos supermercados café aumenta 83,4% e açúcar 53%

No cenário de horror, só os senhores das commodities lucram numa economia fragilizada e com inflação alta

E ainda há aqueles de verde e amarelo que xingam: -Vão trabalhar, vagabundos!

A pobreza extrema voltou a povoar as ruas brasileiras de forma triste e cruel. Nas esquinas, nas ruas e calçadas há famílias inteiras mendigando auxílio e solidariedade.

Há quem os veja e passe; há quem os veja e minimamente contribui; e há quem os veja e xinge: -Vão trabalhar, vagabundos!

São os elitistas que se acham exemplo em tudo e os demais preguiçosos.

Só que hoje são 14 milhões de desempregados, neste País do Posto Ipiranga da economia, e 20 milhões de famílias na miséria, dependendo do “se me dão” e da fila do osso.

Há pedintes que montam acampamento nas portas dos supermercados. Vez por outra conseguem um pacote de 500 gramas de leite em pó.

Mas, quem vai ao supermercado fazer a feira também percebe que a vida neste País já não é fácil para ninguém. Os preços nas gôndolas assustam e na hora do caixa impactam o orçamento doméstico como uma bomba de alta potência.

Uma pesquisa do jornal “Giro News”, especialista no comércio dos supermecados, revela que a inflação nos preços dos alimentos em fevereiro subiu 6,7%, comparados ao mesmo mês do ano passado.

Para os assalariados é um impacto considerável, uma vez que poucos tiveram aumentos nesse nível.

Mas, os preços estão a pular. O café, por exemplo, teve um aumento de 83,4%, enquanto o açúcar subiu 53%. É preço para causar azia e má digestão, a cada cafezinho.

Imagine que até a banana, antes vendida naquele precinho, aumentou 20%. Depois vêm o pãozinho, a farinha, o óleo e a batatinha com 10% de aumento.

Assim, bem mesmo, estão os senhores das commodities que lucram mais com o cenário de inflação alta e economia desarranjada.

Esse é o cenário perfeito para a minoria de investidores endinheirados.

O resto se vê nas ruas, nos sinais de trânsito nas cores cinzentas.