Estou estupefato. Jair Bolsonaro concedeu a si próprio o titulo de cientista.
Ele fez descaso da pandemia da Covid-19, disse que era uma gripezinha, sem ser médico receitou Cloroquina e Ivermectina, com o aval do Conselho Federal de Medicina e outros tantos, e agora tira onda com o mundo inteiro.
Nem parece que no Brasil morreram mais de 600 mil pessoas em função de toda falta de zelo e combate em tempo hábil à pandemia. Pouco importa, para ele.
Que diabo de País é esse que o presidente da República institui um decreto para conceder a si próprio a Medalha de Ordem Nacional do Mérito Científico?
Atente-se bem: “Mérito Científico”.
Poderia ser mérito da mentira, das rachadinhas, da milícia armada que mata jovens negros e pobres pelo País, da homofobia, do genocida, enfim, mérito da ignorância explicita.
Mas, teve que ser “mérito científico”. Ele cria a outorga para ele mesmo. Isso não é surrealismo, é pouca vergonha e descaramento mesmo.
Imagine a ciência dele ao dizer ao povo brasileiro para não tomar vacina contra a Covid, por que quem tomasse viraria jacaré. Achou pouco e ainda disse que a vacina estava transmitindo AIDS. Tudo isso com o silêncio conivente de autoridades e uma elite malfazeja.
Ele já medalhou a própria mulher Michele, talvez pelos R$ 90 mil que recebeu do amigo Queiroz, e os filhos Eduardo e Flávio, sendo esse último, possivelmente, pela organização do esquema de corrupção das rachadinhas da Alerj. Ou quem sabe pela mansão dos R$ 6 milhões.
Como antes disseram que era para aproveitar a pandemia e deixar a boiada passar, ela então segue seu vagar, mugindo em cada canto do País.
Dê-se ciência e cumpra-se!