Em 2012 o então candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) inovou os programas do guia eleitoral na televisão com filmes bem produzidos e a participação direta do candidato, andando nas ruas e favelas paulistas, reforçando o conceito de um mundo novo a ser criado a partir da sua eleição.
A beleza plástica dos programas na TV logo encheu os olhos dos paulistanos. Os guias, mais dinâmicos, transformaram-se em referências para os marqueteiros políticos do País inteiro, que passaram a copiar o formato nas campanhas dos seus candidatos de norte a sul.
Em Maceió, na disputa pelo segundo mandato, o programa de TV de Rui Palmeira seguiu o modelo e se destacou dos demais.
Agora na eleição de 2020, a receita de guia eleitoral parece ser a mesma. Pelo menos em Maceió. No primeiro dia do guia eleitoral, os três candidatos de coligações mais fortes seguiram na mesma linha do que Haddad fazia.
Alfredo Gaspar, JHC e Davi Davino foram as ruas e gravaram quase que da mesma maneira.
Das ruas as imagens foram para as ilhas de edição para ganhar a beleza plástica necessária, capaz de atrair a atenção do eleitor. É a partir da ilha que a mentira repetida se torna uma verdade.
Nesse primeiro dia, os candidatos trataram mais basicamente de suas trajetórias políticas, mas já sinalizando como vão falar de propostas no guia.
Para o primeiro dia, o resultado em matéria de edição e apresentação é que o programa do candidato Davi foi melhor que os outros.
O candidato também teve mais tempo que os demais para editar. Davi tem 3 minutos e 16 segundos para formatar seu filme na TV. Alfredo tem 2m36s e o candidato JHC 1m46s.
Depois deles vem o candidato do PT, Ricardo Barbosa com 1m07s. Já os demais concorrentes não passam de 18 segundos. Sendo que Corintho Campelo (PNM) e Lenilda Luna (UP) não têm programa de rádio e TV.
Os vídeos dos dois são veiculados apenas nas redes sociais.