A redução da jornada máxima de trabalho no Brasil, atualmente fixada em 44 horas semanais, tem ganhado crescente apoio popular, especialmente nas regiões Nordeste e Sudeste. De acordo com a pesquisa Os brasileiros e a jornada de trabalho, realizada pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, 74% dos nordestinos se dizem favoráveis à mudança, enquanto apenas 19% são contrários. No Sudeste, o apoio também é elevado, atingindo 66%, acima da média nacional de 65%.
A proposta de encurtar a carga horária semanal vem sendo debatida no contexto da chamada “PEC do 6×1”, que visa acabar com a obrigatoriedade de seis dias consecutivos de trabalho com apenas um de descanso. Em todas as regiões do país, a ideia tem mais apoio do que rejeição.
O levantamento aponta ainda que o país está dividido sobre os impactos econômicos da redução da jornada. No Sudeste, Nordeste e Norte, a percepção majoritária é de que a medida seria economicamente benéfica. Já no Sul e Centro-Oeste, prevalece a visão de que haveria prejuízos para empresas e produtividade.
Apesar disso, a crença de que menos horas de trabalho podem aumentar a eficiência está presente em grande parte da população. No Sudeste, 59% compartilham dessa visão, seguidos pelo Nordeste (56%) – ambos acima da média nacional de 55%.
A pesquisa da Nexus joga luz sobre um debate cada vez mais presente no cenário trabalhista e político brasileiro, indicando que a discussão sobre equilíbrio entre vida pessoal e trabalho tende a ganhar força nos próximos anos.
