29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Nova alta: Consórcio Nordeste culpa Bolsonaro pelo aumento dos combustíveis

Inflação de 2021 de mais de 10% é a maior desde 2015 e preço da gasolina e diesel são dois dos grandes culpados

Wellington Dias (PT-PI), governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, diz que o novo aumento dos combustíveis deixou claro que a responsabilidade pela alta de preços é da da Petrobras.

Já a partir de hoje (12), a Petrobrás aumenta os preços do diesel nas refinarias em 8%. Já a gasolina vendida às distribuidoras tem um aumento médio de 4,85%.

O diesel passará de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, enquanto a gasolina subirá de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro.

“Cada vez mais claro, quem faz subir o preço dos combustíveis no Brasil são os aumentos da Petrobras. Sempre sustentamos que o valor do combustível tem a ver com a dolarização do petróleo e a vinculação feita no Brasil. Congelamos por 90 dias o ICMS e mesmo assim os aumentos continuam. A ausência de uma proposta sustentável por parte da Petrobras e Ministério da Economia leva a esta instabilidade nos preços””. Wellington Dias (PT-PI).

Os governadores do Nordeste são rotineiramente responsabilizados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) de serem os culpados pelos reajustes, em razão da incidência de ICMS.

Leia mais: Com alta de 10,06%, Brasil tem a pior inflação dos últimos 6 anos

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, fechou 2021 a 10,06% Esse é o maior nível para um ano desde 2015, quando foi de 10,67%. Em 2020, a inflação foi de 4,52%.

Em conjunto, transportes, habitação, alimentação e bebidas responderam por cerca de 79% da inflação de 2021.

Petrobras

De acordo com a Petrobras, esses ajustes “são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”.

A companhia reiterou seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações de alta e baixa, “ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio, causadas por eventos conjunturais”.