Além de ser considerado um golpe contra o narcotráfico, a liberação da maconha no Estado de Nova York (EUA), aprovada nessa terça-feira, 30, vai incrementar as receitas americanas.
A expectativa do governo é que o comércio da maconha arrecade, a princípio, uma receita anual de US$ 350 milhões.
Mas, para os americanos, além dos benefícios fiscais, a medida irá reduzir a população carcerária do estado por consumo e tráfico da cannabis.
O acordo que legalizou a maconha para fins recreativos estabelece que a liberação acontecerá definitivamente a partir de 2022.
Curiosamente, o projeto que liberou a maconha é visto pelos legisladores como uma forma de reparação dos danos causados às comunidades negras e latinas, mais afetadas por décadas na guerra de combate às drogas.
Nova York soma-se a 14 estados americanos que liberaram o consumo da maconha para maiores de 21 anos.
Mas, quando os americanos citam dados da arrecadação de impostos nesse mercado, não há como não lembrar daqui, da terra alagoana, onde o consumo da erva e drogas muito mais pesadas é crescente.
E dados das autoridades estaduais revelam que as drogas movimentam em Alagoas algo em torno de R$ 400 milhões por ano.
Quem chancela esse comércio não é qualquer um. Mas os reprimidos são sempre os consumidores negros e pobres da periferia.
Os donos do negócio são intocáveis.