Quando uma toupeira vem dizer que o mundo era um lugar de paz e harmonia e a esquerda veio nos dividir em raças e gêneros, agora eu penso antes de responder. É porque eu lembro que existem os identitários.
Sim, essa galera sabota a própria esquerda com seu discurso sectário e radical. Por exemplo, há certas mentes para as quais homens jamais deveriam lidar na assistência a mulheres vítimas de abuso.
Porque, nesses crânios vazios, todo homem é, presumidamente, um abusador sádico e um machista escroto que somente vai humilhar e magoar a mulheres cada vez mais. Apenas as mulheres se entendem e se ajudam. Machos só atrapalham.
Daí, vem a juíza Joana Ribeiro Zimmer, da Justiça estadual de Santa Catarina, e joga toda essa narrativa na latrina.
A cidadã de bem tentou induzir uma criança de 11 anos, que foi estuprada aos 10, a manter a gestação. E ainda tentou convencê-la a procurar saber o que pensa o “pai da criança”. Pai, nada! Estuprador.
Ao sugerir que a garota tivesse o bebê para doá-la à adoção, a juíza a desumaniza, pois a trata como se fosse uma incubadora. Além do mais, a tirou do seio da família de forma sádica e cruel, enviando-a para um abrigo, longe dos cuidados da mãe. Felizmente, a decisão foi revista.
Nem Josef Mengele seria capaz de tamanha atrocidade contra uma criança. Felizmente, a opinião pública, na sua maioria, entendeu a gravidade do caso e está vigilante neste caso.
A violência em todas as suas formas é um problema de todos nós, homens e mulheres. E qualquer um, independentemente do gênero, pode contribuir para combatê-la e acolher as vítimas.