Realizadas as mudanças no texto final do relatório da CPI, assinado por Renan Calheiros, o presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que o presidente Jair Bolsonaro cometeu “crimes sérios” durante a pandemia da covid-19, mas que não está convencido de que genocídio seja um deles, como disse em entrevista ao Globo News.
“O Bolsonaro fez aglomerações propositadamente, o Bolsonaro pregou a imunização de rebanho, pregou medicamento não comprovado, foi charlatão prescrevendo medicamento sem eficácia… Então, ele tem crimes sérios, só que o genocídio é muito mais sério que isso tudo. Eu preciso ser convencido de que houve [genocídio]. Até agora eu não fui”. Omar Aziz, presidente da CPI.
Agora, a proposta de relatório final da CPI da Covid sugere indiciar Bolsonaro por 24 crimes, como homicídio qualificado, prevaricação, genocídio de indígenas e crime contra a humanidade.
Aziz disse também não saber se o presidente cometeu “homicídio qualificado”, como dizia o texto de Calheiros. ”
Ele fazia ‘motociata’, fazia questão de ficar sem máscara. Isso ele provocou, não foi espontâneo. Não é que ele desceu num local para ir ao banheiro e chegou um monte de gente na porta do banheiro, não. Era anunciado, se gastava dinheiro para fazer essa motociata, tudo era programado, então isso sim. Se é homicídio qualificado, não sei, mas é crime”. Omar Aziz.
A leitura do relatório da CPI está marcada para hoje.