O pacote de gastos do Governo Federal finalmente está pronto. Mas com um porém: segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda é preciso ajustes com o Ministério da Defesa.
O conjunto de medidas acertado com o presidente Lula (PT) é do tamanho que a área econômica elaborou “Está fechado com o presidente o conjunto de medidas e vamos anunciar brevemente. Está faltando resposta de um ministério, o Ministério da Defesa. Tivemos boas reuniões com ministro, com os comandantes das Forças, pedimos para incorporar o máximo possível para aproveitar o ensejo e corrigir distorções”, disse Haddad em entrevista.
Vale constar que o próprio Haddad espera que titulares de outras áreas pressionem para que os recursos das suas respectivas pastas sejam poupados.
“Fui ministro da Educação e já reclamei também. Cada ministério defende sua agenda, mas o que estamos fazendo é para que todos possam crescer juntos. O pior dos mundos seria disputar fatias de um bolo que não aumenta”.
Além da Defesa, é de se esperar que os ministérios do Trabalho e da Previdência façam mais barulho que os demais para evitar que os cortes avançassem sobre uma agenda social e de direitos.
O pacote de medidas de contenção de gastos, elaborado por Haddad, deve ter um impacto de cerca de R$ 70 bilhões nas contas públicas nos primeiros dois anos. A economia é estimada por integrantes do governo Lula em R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões em 2025. Já em 2026, o alívio é calculado em R$ 40 bilhões.