
O desembargador Tutmés Airan de Albuquerque Melo conduziu, nesta sexta-feira (29), reunião no Tribunal de Justiça de Alagoas com os trabalhadores do PAM Salgadinho, a fim de encontrar uma saída consensual para a não interdição completa da unidade de saúde. Os servidores propõem, durante a reforma, a permanência dos setores de DST/ Aids, odontologia, câncer de mama e de cólon, farmácia e oftalmologia.
De acordo com o Tutmés, O PAM salgadinho efetivamente precisa de reformas e também há serviços que precisam de continuidade, especialmente o serviço de DST/ AIDS. Seriam 5 dos 20 blocos do Posto. Os demais serviços seriam realocados para outras unidades de saúde de Maceió.
“A perspectiva é construirmos, com a maior maturidade possível, um consenso, mesmo porque, eu não tenho poderes para suspender a interdição ética”, disse o desembargador. Após o diálogo com os servidores – representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho (Sindprev) – Airan decidiu levar a proposta formulada na reunião para a Prefeitura e o Conselho de Medicina.
“Há serviços que se realizam em blocos onde há alguma possibilidade continuidade, com necessidade apenas de pequenas reformas, que podem ser feitas conciliando com o trabalho de engenharia civil. Vou conversar com o José Tomaz Nonô (secretário de Saúde de Maceió), e o Fernando Pedrosa, (presidente do Cremal), para construímos uma saída consensual”, informou o desembargador.
Tutmés Airan é relator do processo em que os trabalhadores confrontam o Município de Maceió sobre o direito à greve. Em 15 de janeiro, o Conselho Regional de Medicina de Alagoas (CREMAL) divulgou a determinação de interdição ética da unidade, para ser efetivada a partir de 13 de fevereiro. Apesar da greve, os trabalhadores não concordam com a paralisação total dos médicos.
Falta de insumos básicos
O Sindprev e o Tribunal de Justiça acreditam que além das pequenas reformas, para que os serviços funcionem, é preciso que a Prefeitura providencie insumos básicos como luvas, batas e esparadrapos, além do conserto de alguns equipamentos.
Segundo o vice-presidente do Sindicato, Célio dos Santos, as entidades estão tentando construir uma saída junto ao Cremal, porque tem serviços que não dá para realocar. “Quase 3 mil usuários, que não podem ficar se assistência dos serviços como o de DST/ Aids, ´por exemplo”, disse o sindicalista.
Apresentação obrigatória
Foi publicado no Diário Oficial do Município da última quinta-feira (28) que os 122 médicos lotados no PAM Salgadinho teriam que se apresentar até às 14h desta sexta-feira, dia 29, à equipe de Recursos Humanos da Secretaria Municipal de Saúde, para tomar conhecimento dos novos locais de trabalho para onde serão remanejados temporariamente, enquanto durar a obra de reforma do posto e a interdição ética decretada pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal).
A medida foi adotada pelo secretário José Thomaz Nonô, para garantir o atendimento médico especializado à população e em sua totalidade. Clique AQUI e leia a outra matéria.