Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA.
— Arthur Weintraub (@ArthurWeint) June 20, 2020
Após a ameaça, a saída: depois de dizer que sairia do Brasil dentro de poucos dias e um senador pedir seu passaporte no STF, o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, já deixou o país. A confirmação vem de seu irmão, Arthur Weintraub: ele viajou e se encontra em Miami.
De acordo com a assessoria de imprensa do MEC, Weintraub viajou ainda nesta sexta-feira (19). Ele deixou o país no mesmo dia em que o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) protocolou no Supremo um pedido de apreensão do passaporte para evitar que ele saísse do país.
MEC confirmou que Weintraub entrou hoje pela manhã nos EUA, com passaporte diplomático de ministro. Viajou ontem, em voo comercial. Exoneração não saiu no Diario Oficial. Será retroativa? Trâmites para o Banco Mundial levam cerca de 1 mês. Seguirá ministro este tempo todo?
— Ana Flor (@Ana_Flor) June 20, 2020
O ex-ministro do governo Bolsonaro é alvo do inquérito das fake news, que tramita no Supremo, Weintraub também é investigado no tribunal por racismo, por ter publicado um comentário sobre a China.
Integrantes do Judiciário já diziam, nos bastidores, acreditar que Weintraub poderia ser preso, o que vinha preocupando o ministro. Ao anunciar a saída do MEC, ao lado de Bolsonaro, Weintraub disse que sairia do país para assumir uma posição no Banco Mundial. A indicação para a vaga, entretanto, ainda não foi efetivada.
Se ele for aprovado pelos demais acionistas, vai ganhar R$ 116 mil mensais, contra os R$ 30 mil que recebia no ministério. O aumento é superior a 400%. Este sim, um negócio da China.
Bolsonaro demitiu Weintraub após desgaste com o STF. Weintraub defendeu a prisão dos ministros da corte em reunião ministerial de 22 de abril e depois reafirmou o posicionamento em encontro com manifestantes favoráveis ao governo.