Criado em 2011 como um partido de direita, o Patriotas (51), decidamente virou uma boa ideia para a família Bolsonaro. Tanto que o senador Flávio Bolsonaro já se filiou à legenda.
Nacionalmente, o partido vive uma guerra interna por conta de uma reunião de dirigentes que querem a filiação do presidente Jair Bolsonaro.
O rolo é grande por que a briga lá é pelo controle absoluto das verbas do Fundo Partidário, hoje administrado pelo presidente Adilson Barroso.
Por isso, mesmo militantes do Patriota foram à imprensa e divulgaram as prestações de contas do partido relativas aos anos de 2017 a 2020. E o espanto geral é grande.
Segundo o relatório da prestação de contas, o senhor Barroso, saltitante dirigente de verde e amarelo, pegou R$ 1,15 milhão da legenda e fez um rateio com os parentes dele. Incluindo, ele próprio, a esposa, a ex-mulher, os irmãos, a cunhada e os sobrinhos.
O relatório diz ainda que o senhor Barroso retira mensalmente dos cofres do partido – com direito a contracheque – a bagatela de R$ 25 mil. A atual mulher recebeu em 2020 R$ 112 mil. Já o irmão, Aguinaldo Barroso, embolsou R$ 92 mil.
No ano passado, o Patriotas recebeu do Fundo Partidário para as eleições municipais nada mais, nada menos do que R$ 25 milhões.
Com a chegada de Flávio Bolsonaro e, possivelmente, do pai dele, seu Jair Messias, a expectativa de Barroso e companhia é que essa verba cresça muito mais.
O direitista Patriotas gosta mesmo de um caixa forte.
O problema agora é com o possível crescimento dessa receita. Os concorrentes do “cacique político” da legenda querem saber se o rateio vai continuar o mesmo?
Ou seja, só entre eles da família que se diz direita.