Paulão diz que Bolsonaro banaliza a violência, o crime e a morte na Amazônia

“Esse inglês era malvisto na região porque ele fazia muita matéria contra garimpeiro, questão ambiental. muita gente não gostava dele”. Essa foi a única reação do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre os barbaros assassinatos do  jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, na Amazônia.

Para o deputado federal Paulão (PT), a manifestação do presidente da República, durante entrevista a jornalista Leda Nagle, representa a banalização da violência, do crime e da morte de seres humanos que defendiam os direitos dos verdadeiros nativos da região, como os índios.

Segundo o deputado,  Jair Bolsonaro tem total responsabilidade nas mortes de Bruno e Dom. Disse que, reiteradamente, o presidente fez pronunciamentos defendendo as organizações criminosas que atuam na Amazônia, como os traficantes de madeiras, os garimpeiros que invadem as terras indigenas, assim como os latifundiários do agronegócios que estão a demstar a floresta para a expansão dos seus negócios, sem fiscalização e com a conivência do governo.

Muitos desses negócios na região, disse Paulão, funcionam para a lavagem de dinheiro e por isso mesmo o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu, em reunião do governo, a tese de “aproveitar que estão preocupados com a Covid para deixar passar a boiada”.

Ainda destacou o deputado que as organizações criminosas são tantas que o próprio o delegado federal, Alexandre Saraiva, investigou, apontou os crimes e foi exonerado do cargo a pedido de Bolsonaro, “para não incomodar essa gente que ele apoia”.

Saraiva, disse Paulão, esteve recentemente em entrevista ao vivo na Globo News e denunciou parlamentares envolvidos com as organizações criminosas, citando inclusive a deputada Carla Zambelli (PL-DF), como uma das envolvidas com os criminosos da Amazônia