28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Paulão: PEC 32 é golpe nos servidores e acaba com todo serviço público

Representantes de servidores públicos cercam parlamentares no aeroporto de Brasília

Servidores públicos fazem protesto em Brasília contra a PEC que acaba com o serviço público

Nesta terça-feira, 19, o aeroporto internacional de Brasília foi tomado por representações dos servidores públicos de todo o País em protesto contra a PEC 32, que, na prática acaba com o serviço público federal, estadual e municipal.

As representações de servidores, com faixas e cartazes, aguardavam o desembarque dos parlamentares da Câmara e do Senado, oriundos dos Estados.

A manifestação se estende até a quarta-feira, 20. A esperança das lideranças dos servidores públicos é que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se convença que a PEC é um desserviço ao funcionalismo público e ao País e desista de colocá-la em votação.

Para passar em plenário, a PEC precisa de 308 votos dos parlamentares da Câmara. Como ainda não os tem, Lira tem atrasado o processo de votação.

Reforma administrativa é mais um golpe

Paulão: a sociedade não entendeu que a reforma acaba com serviço público.

Segundo o deputado federal Paulão (PT-AL), essa PEC que recebe o nome de Reforma Administrativa é mais um golpe contra os servidores públicos, pois abre o espaço para o desmonte dos serviços públicos no País e nas unidades federativas.

“Não há outro termo a ser utilizado. É de fato mais um golpe contra pais e mães de famílias que estão em seus postos de trabalho e podem perdê-los a partir dessa reforma preparada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes”, disse o deputado.

Pulão declarou que bancada do seu partido fechou questão contra a PEC e “eu, como alagoano estou apelando para o presidente Arthur Lira para retirar de pauta essa PEC nociva aos interesses dos servidores públicos de todo o País”.

No entanto, diz o deputado, que essa PEC será derrubada se houver uma mobilização de toda sociedade. Segundo ele, as pessoas estão acomodadas por que ainda não perceberam que essa reforma acaba com os serviços públicos nas escolas, no SUS “e em todos os segmentos que lidam com políticas públicas essenciais ao País”.