28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

‘Pequenininha, não machuca’: Agora Guedes já defende retorno da CPMF

Governo ainda não apresentou sua proposta de reforma tributária

Economia não andou como previa o ministro Paulo Guedes

A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira vai se tornando cada vez mais permanente. Paulo Guedes, ministro da Economia, já defende a criação de um imposto sobre pagamentos semelhante à extinta CPMF como forma de aliviar tributos sobre a folha de pagamento.

Claro, ele desconversa, dizendo que uma tributação parecida com a CPMF seria um jeito eficiente e rápido de arrecadar imposto, desde que a alíquota seja baixa.

“Pequenininho, o tributo não machuca”. Paulo Guedes, ministro da Economia.

Guedes, no entanto, declarou que o tributo é “horroroso”, mas melhor do que manter os altos encargos que encarecem a contratação de empregados. Segundo ele, o imposto sobre transações “baixinho e que funciona” é uma forma de arrecadar dinheiro de forma mais rápida.

“Entre um imposto horroroso, muito feio, e a opção por desoneração da folha, prefiro abraçar o feioso a ficar com a oneração da folha do jeito que é hoje”, disse o ministro, afirmando que esta é uma escolha da sociedade. Hoje, um jovem vai chegar e ter o primeiro emprego, saindo da faculdade para trabalhar. Ganha R$ 1.000 de salário, mas custa R$ 2.000 à empresa. Precisa reduzir os encargos trabalhistas.” Paulo Guedes.

Novo nome

O governo ainda não apresentou sua proposta de reforma tributária, mas o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, vem adiantando detalhes do projeto. A maior controvérsia é justamente uma tributação sobre transações financeiras como forma de compensar a desoneração da folha de pagamento.

Para Cintra, porém, não se trata de uma nova CMPF, mas de uma CP (Contribuição sobre Pagamentos), mais moderna e eficiente.Extinta em 2007, a CPMF era cobrada sobre movimentações financeiras e tinha o apelido de “imposto do cheque”.