A Petrobras elevará o preço do diesel nas refinarias em quase 9% a partir de quarta-feira (29), após 85 dias de estabilidade. Em nota, a companhia frisa que o movimento é importante para garantir o abastecimento do combustível no país.
Com o ajuste, o valor médio do diesel vendido pela companhia a distribuidoras passará de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,25 por litro. A Petrobras ainda afirmou que apenas parte do preço preço final dos combustíveis é de sua responsabilidade.
Ainda assim, o presidente da Câmara, Arthur Lira, resolveu não poupar palavras ao criticar o novo aumento, afirmando que o brasileiro não tolera mais gasolina custando R$ 7 o litro ou um botijão de gás por mais de R$ 120.
Amanhã, vamos colocar alternativas em discussão no Colégio de Líderes. O fato é que o Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 e o gás a R$ 120.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) September 28, 2021
“O diretor da Petrobras Cláudio Mastella diz que estuda com ‘carinho’ um aumento de preços diante desse cenário. Tenho certeza que ele é bem pago para buscar outras soluções que não o simples repasse frequente”. Arthur Lira.
A política de preços da estatal se tornou alvo da Câmara há duas semanas, quando o presidente da empresa, Joaquim Silva e Luna, foi chamado ao plenário para prestar esclarecimentos.
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Lira disse que considerou as explicações insuficientes e aliados seus disseram que entrariam no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a empresa.
Nas redes sociais, Lira defendeu que a Câmara está fazendo o dever de casa para o país “retomar a economia respeitando os limites fiscais e sendo responsável em todas as suas sinalizações para o mercado”, mas que o dólar persiste num patamar alto que, junto com a valorização do barril de petróleo, exerce pressão “insustentável” no preço dos combustíveis.