Aldo Lira, atual prefeito de Estrela de Alagoas, e o ex, Arlindo Garrote, foram afastados de seus cargos pela Justiça Federal de Alagoas, após pedido da Polícia Federal.
Garrote é Coordenador da Coordenadoria Estadual do Departamento Nacional de Obras e Secas (DNOS) e o processo, que envolve a família Garrote, corre em segredo de Justiça. O afastamento, no entando, foi anunciado foi acatada pelo juiz da 12ª Vara da Justiça Federal.
Esta é uma consequência da Operação Aurantium da Polícia Federal, que investiga um esquema fraudulento com participação de agentes públicos do município de Estrela de Alagoas, juntamente com supostos empresários, contadores e laranjas.
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A Polícia Federal em Alagoas deflagrou ontem (14) a segunda fase da Operação Aurantium, com o objetivo de dar cumprimento a 12 (doze) mandados de busca e apreensão, sequestro de bens móveis e outras medidas judiciais em razão do desvio de verbas públicas do município de Estrela de Alagoas/AL, no período de 2013 até a presente data.
A ação aconteceram nas cidades alagoanas Maceió, Tanque D’Arca, Craíbas, Palmeiras dos Índios e Arapiraca, expedidos pela 12ª Vara da Justiça Federal.
De acordo com a investigação, agentes públicos do município de Estrela de Alagoas, em conluio com particulares (supostos empresários, contadores e laranjas), teriam fraudado dois procedimentos licitatórios, nos anos de 2013 e 2017, a fim de justificarem as contratações de três empresas inidôneas, que serviram apenas para emitirem notas fiscais frias.
Tais contratações fraudulentas perduraram de 2013 até 2015 e de 2017 até 2020.
Os policiais federais identificaram que, entre 2013 e 2015, a empresa contratada, que existia apenas “no papel”, recebeu R$ 12,9 milhões dos cofres públicos de Estrela de Alagoas/AL, sendo comprovado que aproximadamente R$ 10 milhões foram sacados “na boca do caixa”, logo após o dinheiro sair dos cofres do município.
Entre os anos de 2017 e 2020, a investigação constatou que outras duas empresas, também inidôneas teriam recebido, no mínimo, R$ 3,1 milhões dos cofres públicos estrelenses.
Chamou atenção dos policiais um contrato de locação de veículos e máquinas com valor inicial de R$ 5,6 milhões, sobre o qual foram realizados dois aditivos de prazo, com o mesmo valor, totalizando a quantia absurda de R$ 16,8 milhões de despesas pelo diminuto e pouco populoso município de Estrela de Alagoas/AL, no curto espaço de três anos (abril de 2017 até a presente data).
O valor do sequestro foi de até R$ 20 milhões, estando, dentre os bens sequestrados, uma luxuosa fazenda situada no município de Palmeira dos Índios/AL, além de veículos de luxo utilizados pelos investigados, porém em nome de terceiros (laranjas).