O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu relatório da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pede a condenação de oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal por omissão em relação aos atentados de 8 de Janeiro.
De acordo com o relatório da PGR, os integrantes da cúpula da corporação, à época, tratavam de um plano para impedir a permanência no poder do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha acabado de tomar posse.
O documento está no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga os ataques contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, ocorridos no começo de 2023.
Atentado e perdas
O Ministério Público também requer a perda da função pública dos acusados e afirma que eles compartilharam informações falsas sobre fraude nas urnas e que sabiam da possibilidade elevada de que ocorressem atentados em locais críticos da capital federal, como a Esplanada dos Ministérios e o Setor de Combustíveis e Inflamáveis.
Em um dos trechos, o relatório diz que “os denunciados, integrantes de cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal, às vésperas das eleições de 2022 e especialmente depois do pleito, aderiram à difusão de informações falsas, trocaram arquivos com conteúdo inverídico sobre fraudes eleitorais e trataram sobre possíveis meios ilegais para impedir a permanência do presidente legitimamente eleito, conforme comprovam extensamente os relatórios que instruem a denúncia”.
Trechos do relatório foram divulgados em matéria do jornalista Renato Souza, do Correio Braziliense.