O PL, partido de Jair Bolsonaro, ainda não engoliu a derrota para Lula nas eleições de outubro. Tanto que em relatório preliminar, iria pedir a anulação do pleito de 2022, após auditoria própria “questionar suposta parcialidade do TSE”.
Isso porque, segundo um dos relatórios, a conclusão do partido presidido por Valdemar Costa neto é a de que “possível validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015”.
O partido, no entanto, nega o texto que foi vazado, afirmando que ele seria apenas preliminar e só será encerrado em dezembro.
Pior para o derrotado Jair Bolsonaro, pois assessores próximos já temem que o presidente derrotado não consiga nem mesmo concluir o mandato.
A razão é o estado psicológico de Bolsonaro, que, na prática, está afastado da Presidência desde o dia da eleição. Pessoas próximas descrevem seu estado como “apático” ou “depressivo”.
Bolsonaro teve pouquíssimos compromissos públicos nas últimas duas semanas. Não fez suas tradicionais transmissões ao vivo de quinta-feira, um hábito que manteve mesmo quando viajou para o exterior.
A estratégia, aliás, tem sido considerada um erro. No Planalto, acredita-se que, passado o 15 de novembro, os eleitores do presidente passarão a cobrar presença ou pronunciamento público.
Jair, na verdade, deve estar temendo ter que lidar como a primeira vez em mais de 34 anos como alguém sem cargo público e imunidade parlamentar. Nas costas dele, estão crimes de responsabilidade, corrupção e todos os outros que tentou ocultar com sigilos de 100 anos.
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Relatório
Documento este com assinaturas de Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL); seu vice Márcio Abreu, engenheiro eletrônico, e o membro associado Flávio Gottardo de Oliveira, engenheiro aeronáutico, ambos formados no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).
Para eles, existe um mau funcionamento das urnas eletrônicas antigas e seus estatísticos identificaram “interferência indevida nos percentuais de votação dos candidatos”.
“Não é possível validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015, resultados estes que deveriam ser desconsiderados na totalização das eleições o segundo turno, em função do mau funcionamento destas urnas”.
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O PL, claro, também ataca a decisão de Alexandre de Moraes de arquivar as denúncias do “radiogate” e a atuação do TSE no combate às fake news, sob o argumento de que houve parcialidade do tribunal.
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Vale lembrar que na semana passada, o próprio Ministério da Defesa informou ao TSE não ter encontrado evidências de fraude eleitoral na fiscalização realizada pelas Forças Armadas nas urnas eletrônicas.
Confira aqui na íntegra o Relatório do PL.