Em meio à polêmica decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que desobriga os planos de saúde a liberarem e custearem tratamentos não estipulados em lista de cobertura estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), já circula nas redes sociais casos em que as empresas negaram terapias e indicações médicas a pacientes por causa do ‘rol taxativo’.
Entre as manifestações na internet, a maioria da população parece ser contrária ao entendimento da Justiça, incluindo nomes famosos como o apresentador da TV Globo, Marcos Mion, e parlamentares.
É muito triste. Eu me sinto revoltado. Revoltado em saber que esse absurdo, que é o rol taxativo, tenha sido aprovado com seis votos no STJ (…). O dinheiro venceu mais uma vez. Foi colocado acima das nossas necessidades e das nossas vidas”, desabafou Mion, ressaltando que a decisão “coloca em risco a vida de milhões de pessoas que dependem de um plano de saúde”.
“A gente chora mais um pouco e segue. Recebe mais mensagem de mãe que acabou de ter negativa de plano e segue. Lê comentário de mãe desesperada porque o filho com deficiência grave vai perder o homecare, chora de novo e segue”, publicou a fundadora do Instituto Lagarta Vira Pupa, Andréa Werner, que é pré-candidata a deputada estadual pelo PSB de São Paulo.
“Essa decisão do STJ do rol taxativo me pegou em um ponto muito sensível. Tive um cliente com câncer no cérebro, teve a cirurgia negada, a radioterapia tridimensional negada, medicação atrasada e morreu enquanto aguardava um exame também negado. Foram 4 liminares concedidas”, comentou a advogada Mylla Christie.