25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Pneumologista alerta o folião: Beijo pode transmitir mais de 10 doenças

Durante o período de festas, único ato pode transportar milhões de bactérias, vírus e fungos

Uma das doenças que o beijo pode provocar é a mononucleose. Foto: Carla Cleto

Durante os festejos de Carnaval a paquera rola solta. São comuns os flagras de casais se beijando nos desfiles dos blocos. Mas é importante saber que, um simples beijo, pode trazer a infelicidade posteriormente.

É que o ato de beijar pode ser a ponte necessária para transportar milhões de bactérias, de vírus e de fungos, segundo alerta o médico pneumologista do Hospital Geral do Estado (HGE), Luíz Cláudio Bastos.

Doenças como mononucleose, citomegalovírus, herpes, cárie, candidíase, sífilis, caxumba, hepatite B, gripe, catapora e outras tantas podem ser transmissíveis em um único beijo. Agora, multiplique esse risco quando aumentam as trocas de secreções com outras pessoas, geralmente desconhecidas.

“Eu acho que na folia ninguém observa como está a saúde bucal daquele que decide beijar, não é verdade? Ninguém pergunta se está bem de saúde e pede uma comprovação de que não está doente. Óbvio que não há espaço para isso. Soaria até indelicado. Mas é preciso saber que o beijo pode não ser tão maravilhoso assim. Pode trazer consequências que estraguem a doce recordação da festa. Então, o melhor é ter cuidado”. Luíz Cláudio Bastos, pneumologista do Hospital Geral do Estado HGE.

Por outro lado, as condições de saúde do infectado podem dificultar o desenvolvimento e agravamento das doenças. Desse modo, é importante que, durante o Carnaval, a alimentação, a hidratação, o descanso, a respiração e o psicológico estejam também no ritmo da alegria, distante dos abusos de comidas industrializadas, bebidas alcoólicas, ambientes poluídos e conflitos interpessoais.

“Beijar é muito bom, mas exige cuidados antes e durante o ato. É preciso ter atenção às doenças infecciosas. A higienização de toda a boca, após o beijo, também pode minimizar os riscos de contaminação. No entanto, o melhor mesmo é não sair beijando de modo indiscriminado”. Luíz Cláudio Bastos,.

Se durante o Carnaval necessitar de atendimento médico, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) recomenda, para os casos menos complexos, a busca pelos Ambulatórios 24 Horas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Os Hospitais Geral do Estado (HGE), de Emergência do Agreste (HEA), Ib Gatto Falcão, Arnon de Melo, Quitéria Bezerra e Antenor Serpa também estarão de portas abertas para quem necessitar.