24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Posse de Moraes no TSE deve contar com Bolsonaro, Lula, Temer, Dilma, Collor e Sarney

FHC, recém operado, deve ser o único ex-presidente vivo a não comparecer no evento que marca o primeiro encontro face a face entre Jair e o petista

O ministro Alexandre de Moraes toma posse hoje (16) como presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), às 19h, em Brasília.

Moraes assume o lugar do ministro Edson Fachin, também do STF (Supremo Tribunal Federal), e ficará responsável por liderar a Corte Eleitoral durante corrida eleitoral, em meio à escalada de ataques infundados contra a segurança das urnas eletrônicas.

Nos últimos meses, Moraes tem sido alvo de duras críticas de Bolsonaro, que já pediu o impeachment do ministro, e de aliados do presidente.

Moraes é relator do inquérito das fake news no Supremo, que investiga a divulgação de notícias falsas contra a Corte, no qual Bolsonaro e outros políticos próximos ao Palácio do Planalto são investigados.

O ministro Ricardo Lewandowski será o vice-presidente. Ambos foram eleitos para os cargos em 14 de junho e terão mandato de dois anos.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), irão ao evento. É esperada ainda a presença de ao menos 21 governadores e também de prefeitos e parlamentares.

Presidentes

Além do presidente Jair Bolsonaro (PL), estão com presença confirmada os ex-presidentes, como Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário nas eleições deste ano, Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT).

Bolsonaro e Lula terão seu primeiro encontro público nesta noite. Hoje líder nas pesquisas de intenção de voto, o petista já esteve em pré-campanha em Salvador no mesmo dia que Bolsonaro no mês passado, mas esta será a primeira vez podem ficar frente à frente pessoalmente

A expectativa, porém, é que ambos mantenham distância no local da cerimônia. Como chefe do Executivo, Bolsonaro ocupará a mesa de autoridades, ao lado de Moraes e dos outros ministros da corte. Lula permanecerá no plenário, juntamente com os outros ex-presidentes presentes.

Foto: Renato Costa/FramePhoto/Folhapress

Se Lula e Bolsonaro ficarão separados, Dilma e Temer não terão muita escolha. o emedebista. A relação entre a então presidente e seu vice se deteriorou durante o processo de impeachment da petista. Temer é apontado como um dos articuladores da queda de Dilma, tendo assumido a sua cadeira em 2016.

No mês passado, a petista chamou seu sucessor, de quem vinha se mantendo distanciada, de “golpista” e “traidor”.

Saryney, FHC e Collor

O ex-presidente e ex-senador José Sarney (MDB) também confirmou presença na solenidade desta noite. Já o tucano Fernando Henrique Cardoso não participará. Segundo sua assessoria de imprensa, ele ficará em São Paulo onde se recupera de uma cirurgia no fêmur feita há alguns meses. O senador Fernando Collor (PTB), que renunciou em 1992 para evitar o impeachment, também é esperado.