Foi preso nesta terça-feira (24), na cidade de Arapiraca, um homem de 22 anos acusado de praticar crime de estupro de vulnerável virtual. Ele também teria induzido, instigado ou auxiliado a automutilação de suas vítimas.
Segundo as investigações da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), que prendeu o suspeito no Agreste de Alagoas, as vítimas eram forçadas a introduzir uma faca na própria região genital.
A investigação começou mo Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que recebeu informações de que um usuário da rede social Discord.
Este indivíduo, proprietário dos perfis “amordepapai”, “oxe parça” e “epy”, estaria praticando graves condutas envolvendo violência física e sexual contra meninas que eram obrigadas a fazerem mutilações contra si mesmas.
As vítimas também sofriam a prática o chamado estupro virtual, em vídeo chamada coletiva, na qual eram forçada a introduzir uma faca na própria região genital.
Após várias diligências, o suspeito foi identificado, sendo representado judicialmente pela prisão temporária, bem como pela busca e apreensão na sua residência, com a finalidade de apreender objetos que tenham relação com o delito.
A prisão ocorreu no Conjunto Brisa do Lago, na cidade de Arapiraca. Durante as buscas, foram apreendidos um aparelho celular e dois livros que contam a história do ditador nazista Adolf Hitler.
O material reforça a linha de investigação de que os crimes cometidos possuem conotação discriminatória. Durante as investigações, o suspeito aparece em um vídeo executando a saudação nazista, fazendo apologia, conduta que é proibida no Brasil e é tipificada como crime.
A legislação brasileira (Lei 7.716/1989) tipifica a prática ou a indução ao nazismo como crime inafiançável e imprescritível, o que significa que a pessoa pode ser presa independente do tempo em que a conduta foi praticada.