O brasileiro vai começando a perceber que a corrupção está se reinventando na atual gestão do País.
O dinheiro na cueca ou nas nádegas é um método ultrapassado.
A propina hoje é cobrada em barra de ouro. Isso para cada verba liberada no Ministério da Educação (MEC).
O escândalo da corrupção no MEC revela que pastores liberam verbas, com o aval do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e pedem a propina em ouro.
Trata-se da propina benzida. Se eles benzem até armas e fazem unção com óleo, imagine com o ouro? O brilho é outro.
O aval do presidente foi dito em conversas com prefeitos e pastores pelo próprio ministro da pasta, Milton Ribeiro.
A situação, portanto, mostra que entre ratos e baratas dentro das instituições do estado brasileiro, também estão os “Zé Ruelas”.
Pelo menos esse foi o nome dado pelo líder da bancada evangélica na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL). Ao demonstrar irritação com a corrupção no ministério, comandada por um ministro pastor, o parlamentar desconheceu os congregados no MEC e declarou:
-Quais pastores? Aqueles dois pastores Zé Ruela? Não conheço, nunca vi, só o ministro pode explicar.
Sem glória, nem aleluia.
O certo é que o ouro que reluz no ministério encheu os olhos dos pastores. Nunca tinham visto tanto e tão fácil. Um garimpo urbano em nome das bençãos aos braços abertos dos planaltinos.
Mas, o fato é que a concorrência não gostou nada dessa história de benzer propina reluzente e untar com óleo.
Tanto que o Centrão se apresenta para tomar conta do Ministério da Educação. Assim, PP e PL já se articulam para afastar o ministro Milton Ribeiro e colocar outro evangélico no cargo.
Aí sim, com todos os cantos e glórias.
Vale lembrar que o Centrão já controla o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tem em caixa este ano R$ 45 bilhões.
Nesses, pastor “Zé Ruela” nenhum encosta.