
No mês que se encerra com o Dia do Trabalhador, nesta quinta (1º), quem toma a frente no país com projetos que proíbem a jornada 6×1 em empresas contratadas por prefeituras são vereadores do Psol em diversas capitais do país. O PT, por outro lado, não mobilizou representantes para apresentar projetos desse tipo – mas sinaliza apoiar a medida.
Na jornada 6×1, o empregado trabalha seis dias seguidos e descansa um. O movimento VAT (Vida Além do Trabalho) iniciou a mobilização para que esse formato deixe de existir. Para críticos, a 6×1 causa desgaste físico e emocional e impede que o trabalhador estude. Porém, há quem questione o impacto econômico do seu fim.
O PSOL apresentou propostas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Segundo Paula Coradi, presidente do partido, o tema foi definido como “prioridade” em evento da sigla em 2024 e virou “pauta partidária” desde então, com uma mobilização da legenda para apresentar propostas ligadas ao assunto nas Câmaras Municipais.
Para presidente do PSOL, debate sobre 6×1 colocou extrema-direita “em contradição”. “Eles não souberam como responder”, afirmou Paula. Um dos principais expoentes do conservadorismo hoje no país, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi criticado ao se opor ao fim da jornada 6×1 em um vídeo.
“Fim da 6×1 é pauta com adesão de 70% da população”, diz Paula. O dado foi obtido pelo Projeto Brief em parceria com plataforma Swayable. Na próxima quinta, feriado de 1º de Maio, o VAT realizará ato na avenida Paulista pela extinção da jornada. Costa espera que o Congresso aprove até dezembro uma regra que acabe gradualmente com a 6×1.