Com o tema “eu quero uma Maceió diferente”, o Partido dos Trabalhadores realizou, neste sábado (30), no Clube Fênix Alagoana, a convenção municipal quando homologaou os nomes do deputado federal Paulão, para prefeito, e do advogado Ricardo barbosa, presidente do diretório municipal de Maceió, como candidato a vice-prefeito. Além deles, foram homologados 18 candidatos e candidatas à Câmara Municipal de Vereadores.

Na convenção, Paulão disse que aceitou a pré-candidatura como uma missão do partido neste momento difícil da legenda. A ideia, segundo afirmou, é enfrentar todas as adversidades com altruísmo e expor com respeito e firmeza o conceito de cidade repartida, hoje vivenciado em Maceió, onde dois candidatos tentam polarizar no processo eleitoral representando classes distintas de ricos e pobres.
O pré-candidato afirmou que sua proposta é pensar a cidade para sair da mesmice e fazer uma gestão voltada a todos, mas com total respeito aos direitos dos desassistidos, desvalidos, e dos segmentos sociais cada vez mais ameaçados pela intolerância das elites políticas que se sentem donas da vida e da morte.
Uma cidade diferente – Na visão do petista, as cidades se transformaram em grandes aglomerações urbanas, verdadeiros “templos da desigualdade”. Nelas amontoam-se milhares de pessoas para quais as políticas públicas urbanas existem para facilitar o lucro dos mais ricos, não oferecendo nenhuma alternativa de uma vida digna a maioria da população. “Faltam opções de moradia, transporte, saúde, educação, segurança, lazer e cultura, verdadeiramente”, observou.
Conforme Paulão, Maceió insere-se nessa dinâmica excludente. “Com uma população de mais de 1 milhão de pessoas, a cidade acumula quase metade da riqueza do Estado (R$29,5 bilhões). Uma riqueza a serviço de poucos. Maceió é uma cidade territorialmente repartida por desigualdades absurdas. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) demonstra essa vergonhosa divisão”, destacou.
Ele ainda ressaltou que uma criança que nasce em uma área pobre da cidade possivelmente viverá 10 anos a menos que outra que nasce em um bairro rico, lembrando que na renda média mensal das pessoas a situação de desigualdade aparece de forma marcante em Maceió, pois há localidades onde a renda é de pouco mais de R$200,00 e em outras, supera R$4 mil.
Paulão também citou a questão da violência, que segundo ele é outra face perversa da cidade repartida. “É uma violência homicida, especialmente contra a juventude negra, pobre e das periferias. A taxa de homicídios colocou Maceió no 1º lugar entre as capitais no vergonhoso ranking do genocídio da juventude”, pontuou.
Essas são questões que o PT pretende discutir para buscar a concretização de seu projeto de uma cidade diferente, capaz de garantir os direitos sociais, os direitos dos mais pobres, dos trabalhadores, dos jovens e das mulheres, os direitos humanos, enfim a síntese do direito à cidade.