Apesar da estabilidade mostrada nas pesquisas eleitorais, que mantêm Lula (PT) à frente por larga vantagem de votos sobre o atual presidente, índices ligados à melhora da avaliação do governo e da economia acenderam o sinal de alerta na campanha do petista.
E por causa disso, a campanha do ex-presidente passará a atacar Jair Bolsonaro (PL) na televisão. Isso porque mais satisfeitos com a economia, uma parcela maior de eleitores que hoje rejeita Bolsonaro poderia reconsiderar, até o dia da eleição (2 de outubro), a decisão de afastá-lo do poder.
A ordem agora é aumentar o tom para que a rejeição a Bolsonaro não caia a níveis que permitam uma virada na eleição. Há uma avaliação também de que os bolsonaristas não vêm poupando munição nos ataques a Lula.
As redes sociais de parlamentares e dos filhos do presidente têm disseminado dezenas de vídeos com ataques ao petista, associando-o à corrupção.
Entrevista
O próprio Lula já de sinais de uma mudança na estratégia ao atacar Bolsonaro em entrevista concedida nesta quarta à rádio Clube, de Belém (PA).
Ao ser questionado sobre corrupção, ele afirmou que o país tem “um presidente que sequer exigiu a investigação do [Fabrício] Queiroz, que sequer exigiu a investigação de seus filhos, que sequer investigou as denúncias contra [o ex-ministro Eduardo] Pazuello. Nós temos um presidente que não apenas coloca a sujeira embaixo do tapete como transforma em sigilo de 100 anos tudo e qualquer denúncia contra eles”.