Daqui, do alto do Farol, eu pergunto: quem é o maior prejudicado pela greve da Ufal, do Sindpol, dos servidores do município, dos professores, do pessoal da Saúde, por qualquer outra greve no serviço público?
Ninguém mais, ninguém menos que o povo!
São as crianças, os adolescentes e os jovens da pobreza (se quiser pode chamar de classe E, mas de Excluídos) que estão na rua, a mercê do tráfico, por que as escolas não funcionam.
Saúde então, misericórdia!
Quem encontra médico no posto se precisar de socorro?
Diga aí, quem vai prestar queixa de roubo em delegacia, vai por que acredita que o caso será investigado?
Claro que não! A população não acredita nos policiais civis.
Vai pra ter o Boletim de Ocorrência que será usado como defesa em caso de uso indevido dos documentos roubados.
Os policiais civis estão em greve. Alguma coisa mudou?
Agora são os professores da Ufal. Eles esperam o que?
Que o governo lhes dê 27% de aumento, exatamente quando anuncia um corte de R$ 9,423 bilhões nos recursos da Educação?
São justas as reivindicações dos policiais, dos professores da Ufal?
São. E daí?
A greve na Ufal foi aprovada com 166 votos a favor, 47 contrários e duas abstenções. A Federal alagoana tem cerca de 1.400 professores!
A polícia Civil de Alagoas tem cerca de 1.800 agentes. Quantos estavam na assembleia que aprovou a greve?
É preciso aceitar que os tradicionais métodos de atuação dos sindicatos, que sempre acabam em greve, há tempos se mostram ineficazes.
O movimento sindical da forma como existe desde os anos 1980 acabou, minha gente.
A fase áurea, da transição do regime militar para democrático, vai longe e não adianta chorar.
É preciso acompanhar as mudanças, principalmente no campo político e econômico, e encontrar formas de pressão que não penalizem a população.
Da forma como está, só o Zé Povinho paga a conta!
Punossasinhora!!