Com o governo fraco e o presidente da República refém do Centrão, o Congresso Nacional derrubou o veto de Jair Bolsonaro (PL) ao fundo eleitoral para financiamento das campanhas e o valor que deveria ser de R$ 2 bilhões volta a ser de R$ 5,7 bilhões em 2022.
Com a decisão, o trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será promulgada e entrará em vigor. Ao vetar, o presidente afirmou que o valor comprometeria outras partes do orçamento. Mas, como a base aliada do governo apoiou a proposta de Bolsonaro para a PEC do calote dos precatórios, agora essa mesma base cobrou a fatura no fundão eleitoral
Teve o apoio inclusive do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ambos filhos do presidente Jair Bolsonaro, segundo o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos.
Mas, a aprovação teve também o apoio de parlamentares da oposição. Na Câmara, foram 317 votos a favor e 146 contra. Já no Senado, foram 53 a favor e 21 contra.
Embora, os parlamentares aleguem que ainda não há um valor definido para a composição do fundão, já que, cabe ao relator-geral do Orçamento estabelecer o valor e votar a peça.