28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Reeducandas alagoanas vão à Bienal Internacional do Livro

Antes, elas participarão do 8º Ciclo de Conversas Negras

Junto  a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), o Instituto Raízes de África tem desenvolvido um intenso trabalho de resgate da autoestima e reafirmação dos espaços de direitos da mulheres encarceradas.

Após ser o primeiro Estado do país a realizar uma conferência livre dentro do sistema prisional, Alagoas quebra novos paradigmas ao ter reeducandas participando da Bienal Internacional do Livro.

Durante o 8º Ciclo Nacional de Conversas Negras, que acontece no dia 30 de setembro, das 10h às 18h, na Sala Jatiúca do Centro de Convenções Ruth Cardoso, as reeducandas atuarão como integrantes da mesa de debates e cerimonialistas do evento.

A ação é desenvolvida pelo Instituto Raízes de África com o apoio da Seris e diversos órgão da iniciativa pública e privada.

Reeducandas em evento.

“Esse é um momento marcante para a sociedade alagoana e que representa uma das diretrizes do Governo de Alagoas, que é a promoção da proximidade entre as secretarias de Estado e os atores sociais, como por exemplo, o Instituto Raízes de África, que promove um trabalho brilhante na causa social”, destacou o secretário da Ressocialização, Marcos Sérgio de Freitas.

 

A coordenadora do Instituto Raízes de África, Arísia Barros, reafirmou a importância do trabalho em conjunto na promoção da igualdade racial. “A Seris tem sido uma parceira basilar. Estamos trabalhando com o resgate da identidade e com o fortalecimento da autoestima das custodiadas, possibilitando que, ao retornarem ao convívio social, elas estejam cientes do seu papel”, disse.

Programação-Tendo como tema central “Conversa sobre Territórios, Desterritorialização e a  Reterritorialização, sob a ótica racial e de gênero”, o evento  visa aprofundar o diálogo social que contemple e problematize temas relacionados à questão estrutural do racismo. O cantor Martinho da Vila vai proferir a palestra “O racismo existe, sim! E precisamos falar mais e mais sobre ele”, além de lançar o Conversas Cariocas, uma coletânea de crônicas.