23 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Reforma eleitoral da Câmara discrimina negros, mulheres e brancos ficam com todo dinheiro

Para valer já nas próximas eleições, a reforma precisa ser aprovada pelo Senado

Reforma eleitoral aprovada na Câmara é preconceituosa e machista

Na reforma eleitoral aprovada nesta terça-feira, 18, pela Câmara dos Deputados, com a maioria dos votos dos parlamentares do Centrão, há duas situações que chamam a atenção pela imposição do preconceito e da discriminação contra candidatos negros e mulheres.

Principalmente, em relação aos recursos do Fundo Partidário, já aprovados no valor de R$ 5,7 bilhões e, até então, não vetado pelo Presidente Jair Bolsonaro.

A Câmara aprovou a PEC da reforma eleitoral já em segunda votação, para vigorar a partir das eleições do ano que vem. Mas, só valerá se o Senado ratificar a decisão dos deputados.

A excrescência da reforma excludente dos parlamentares brancos e aliados do governo impõe essas duas questões:

Fim de reserva para negros

Como é atualmente: Prevê destinação de vagas e divisão proporcional do fundo eleitoral para candidatos negros.

Como ficaria: Acaba com regra estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral que determinava alocação de recursos para candidaturas de negros.

Fim de reserva para mulheres

Como é: Prevê destinação de vagas e divisão proporcional do fundo eleitoral para candidatas mulheres.

Como ficaria: Acaba com regra estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral que determinava alocação de recursos para candidaturas de mulheres.

Ou seja, não é apenas machismo exacerbado e preconceito de cor. Mas, desrespeito e cobiça pelos bilhões de reais que saem dos cofres públicos.

Mas, é aquela história: o parlamento que se tem é o reflexo da sociedade que nele votou.