Na reforma eleitoral aprovada nesta terça-feira, 18, pela Câmara dos Deputados, com a maioria dos votos dos parlamentares do Centrão, há duas situações que chamam a atenção pela imposição do preconceito e da discriminação contra candidatos negros e mulheres.
Principalmente, em relação aos recursos do Fundo Partidário, já aprovados no valor de R$ 5,7 bilhões e, até então, não vetado pelo Presidente Jair Bolsonaro.
A Câmara aprovou a PEC da reforma eleitoral já em segunda votação, para vigorar a partir das eleições do ano que vem. Mas, só valerá se o Senado ratificar a decisão dos deputados.
A excrescência da reforma excludente dos parlamentares brancos e aliados do governo impõe essas duas questões:
Fim de reserva para negros
Como é atualmente: Prevê destinação de vagas e divisão proporcional do fundo eleitoral para candidatos negros.
Como ficaria: Acaba com regra estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral que determinava alocação de recursos para candidaturas de negros.
Fim de reserva para mulheres
Como é: Prevê destinação de vagas e divisão proporcional do fundo eleitoral para candidatas mulheres.
Como ficaria: Acaba com regra estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral que determinava alocação de recursos para candidaturas de mulheres.
Ou seja, não é apenas machismo exacerbado e preconceito de cor. Mas, desrespeito e cobiça pelos bilhões de reais que saem dos cofres públicos.
Mas, é aquela história: o parlamento que se tem é o reflexo da sociedade que nele votou.