Depois do bate-boca da última terça-feira, 27, com senadores de seu partido, em plenário, Renan Calheiros (AL) decidiu entregar a liderança do PMDB no Senado.
Logo após a discussão, parte dos peemedebistas recorreu ao líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), cobrando a convocação de reunião para depor Renan do cargo de líder. Motivo: ele ameaçou trocar representantes do partido na CCJ (Constituição e Justiça) para obter votos contra a reforma trabalhista.

Segundo seus opositores, o líder havia se comprometido a acatar a decisão da maioria da bancada em favor da reforma.
Renan identificou uma articulação do governo pela sua derrubada. O Planalto argumenta que o senador se voltou contra o próprio partido ao bater no presidente da República. Na última 3ª, ele afirmou que Michel Temer tenta comandar o Planalto junto com “1 presidiário de Curitiba”, em alusão ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Na discussão em plenário, Renan Calheiros também insinuou que Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) rebatia seus argumentos contra a reforma por causa do primo. Trata-se do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, outro peemedebista preso pela Operação Lava Jato. Foi mais um motivo para a bancada se voltar contra o líder.