A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira, 3 de novembro, a PEC dos precatórios, em meio a uma grande expectativa dos professores que poderão ficar sem o dinheiro a que têm direito em 2022 e com 40% a menos em 2023.
A PEC sofre intensa campanha de reação de parlamentares de oposição, como senador Renan Calheiros (MDB), que tem acusado Bolsonaro de querer dar calote nos professores e demais credores, com puro objetivo eleitoreiro.
Nas redes sociais, o senador disse que o Brasil não pode dar um imenso calote em estados e municípios “para financiar a obsessão de Bolsonaro”.
Segundo ele, a obsessão é acabar com o Bolsa Família “e criar um programa fake só para chamar de seu”.
Em postagem recente, Renan Calheiros disse que a PEC dos precatórios é um atentado contra o presente e o futuro do País.
A PEC faz parte do plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, para furar o teto de gastos públicos, que foi aprovado pelo Congresso em 2017.
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) convocou os seus pares para a votação presencial da matéria. A pressão do governo para aprovar a PEC tem uma motivação muito especial.
Trata-se do orçamento secreto, o RP9, entregue para o comando do Centrão.
São mais de R$ 16 bilhões, a disposição dos parlamentares aliados.