Se há uma coisa que os liberais do mercado e da política, bem como os aloprados e desmiolados seguidores à direita, sempre defenderam com unhas e dentes foi a privatização de empresa pública.
“Privatiza tudo”, era a pregação.
Sem dúvida, um processo que rende e muito para os bolsos de alguns, inclusive, de quem bate o martelo efusivamente ou desastradamente. E o fazem sem preocupação nenhuma com as consequências dos atos que atingem diretamente a população.
Os atores dessa história comemoram o feito e até com a devida noção de que a pimenta no dos outros é refrescante…
Mas, eis que São Paulo vive o apagão que atinge 200 mil imóveis, desde a última terça-feira, em consequência da falta de energia elétrica, sob a responsabilidade da Enel, empresa privada desde 2018.
O caos tomou conta do sistema. Lá o governador bolsonarista Tarcísio Freitas, lava as mãos, e responsabiliza o prefeito Ricardo Nunes (MDB), no famoso jogo de empurra.
Só que agora a turma à direita passou a sentir os efeitos do molho ardoso privatizado e começa a se coçar…
O deputado federal do “passar a boiada”, Ricardo Sales, e seu colega de Câmara Felipe Barros, ambos bolsonaristas do PL, foram os primeiros a protestar. Logo em seguida o frenético vereador Fernando Holliday (PL), da mesma turma.
E agora, por fim, o porta voz bolsonarista Fábio Wajngarten. Ele, além de protestar contra os efeitos da privatização para a população, também disparou suas armas contra a ideia de privatização da Sabesp, encampada pelo governador, Tarcísio de Freitas.
Wajngarten disse à Folha de S. Paulo que a Sabesp (empresa de água e esgoto) é um ativo estratégico para o País e que por isso não deve ser privatizada.
Pelo visto, a pimenta arde e não é pouco.