7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
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São Paulo sem energia elétrica e a pimenta ardendo nos bolsonaristas

A Enel, distribuidora de energia elétrica, foi privatizada em 2018 e hoje o serviço é condenado até por quem pregava: “Privatiza tudo”!

Eles queriam privatizar tudo

Se há uma coisa que os liberais do mercado e da política, bem como os aloprados e desmiolados seguidores à direita, sempre defenderam com unhas e dentes foi a privatização de empresa pública.

“Privatiza tudo”, era a pregação.

Sem dúvida, um processo que rende e muito para os bolsos de alguns, inclusive, de quem bate o martelo efusivamente ou desastradamente. E o fazem sem preocupação nenhuma com as consequências dos atos que atingem diretamente a população.

Os atores dessa história comemoram o feito e até com a devida noção de que a pimenta no dos outros é refrescante…

Mas, eis que São Paulo vive o apagão que atinge 200 mil imóveis, desde a última terça-feira, em consequência da falta de energia elétrica, sob a responsabilidade da Enel, empresa privada desde 2018.

O caos tomou conta do sistema. Lá o governador bolsonarista Tarcísio Freitas,  lava as mãos, e  responsabiliza o prefeito Ricardo Nunes (MDB), no famoso jogo de empurra.

Só que agora a turma à direita passou a sentir os efeitos do molho ardoso privatizado e começa a se coçar…

O deputado federal do “passar a boiada”, Ricardo Sales, e seu colega de Câmara Felipe Barros, ambos bolsonaristas do PL, foram os primeiros a protestar. Logo em seguida o frenético vereador Fernando Holliday (PL), da mesma turma.

E agora, por fim, o porta voz bolsonarista Fábio Wajngarten. Ele, além de protestar contra os efeitos da privatização para a população, também disparou suas armas contra a ideia de privatização da Sabesp, encampada pelo governador, Tarcísio de Freitas.

Wajngarten disse à Folha de S. Paulo que a Sabesp (empresa de água e esgoto) é um ativo estratégico para o País e que por isso não deve ser privatizada.

Pelo visto, a pimenta arde e não é pouco.