Um menino da 5ª série pede para um coleguinha olhar ele fazendo uma travessura. Ciente de que aquilo é errado, o amiguinho tenta impedir, mas, não consegue. Ele fez a traquinagem e a aula teve que ser interrompida. Silêncio total na sala e o garoto travesso fica com cara de quem soltou pum no elevador e um vizinho entrou em seguida.
Esse menino não cresceu, porém, conseguiu se tornar deputado. É o que podemos concluir com o comportamento do deputado estadual por São Paulo Fernando Cury (Cidadania), que passou a mão na deputada Isa Penna, do PSOL.
O assédio foi devidamente registrado. Um vídeo mostra que ele teria anunciado o que faria a um colega, que tentou desencorajar. O ato parece que premeditado.
Ele chega tocando a deputada no seio direito, que se desvencilha do babão. Para disfarçar e esconder a malícia, o covarde a toca no ombro, no entanto, já era tarde demais: não tem como disfarçar a malicia do machista.
ABSURDO! Deputado Fernando Cury assediou hoje na ALESP a @IsaPennaPsol, nossa companheira do PSOL. Força, Isa! Estamos juntos. pic.twitter.com/NLcFYACceY
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) December 17, 2020
A atitude do parlamentar foi estupidamente covarde e uma violência contra as mulheres. Isa Penna registrou um boletim de ocorrência por assédio sexual. Cury também será alvo de uma denúncia formal por quebra de decoro parlamentar e um abaixo-assinado pede sua cassação.
Criei um abaixo assinado pedindo a cassação do Dep. Fernando Cury (Cidadania). Não descansarei! É por todas nós. https://t.co/JZ2ZMWDk0t#JusticaPorTodas pic.twitter.com/TbtvPwFj5K
— Deputada Isa Penna (@IsaPennaPsol) December 18, 2020
Ou seja, vai levar um puxão da diretora da escolinha. Ou não.
Infelizmente, do jeito que as coisas vão, é bem capaz disso virar pizza e do tal deputado se reeleger com o dobro da votação. Cansada de só reclamar dos políticos, parte da população brasileira resolver fazer a parte dela para afundar o país de vez, elegendo certas figuras que a gente não sabe de que buraco saíram.
Espero que não. Meu desejo é que as instituições funcionem e que seres como o deputado paulista aprendam que tocar no corpo da coleguinha, sem o consentimento, não pode.
Mas, reza a lenda, certos políticos adoram passar a mão naquilo que não é deles. Que sofram as consequências.