18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Sefaz: impacto da pandemia na economia de Alagoas é muito grave

Restaurantes estão fechados, estabelecimentos não essenciais não podem receber clientes e com menos carros circulando, há menos procura por combustível; Maior baque financeiro é sentido no setor de mercadorias, móveis, dapatos e tecidos

Não há dúvidas do impacto no sistema de saúde e em vidas humanas com a pandemia do novo coronavírus. E ao mesmo tempo que as restrições necessárias impedem um colapso hospitalar, elas prejudicam outros setores importantes da sociedade. Como a Economia.

Restaurantes estão fechados. Estabelecimentos não essenciais não podem receber clientes. Com menos carros circulando, há menos procura por combustível.

Nem mesmo a construção civil se salvou: em Alagoas, praticamente todos os setores da economia saíram prejudicados com o isolamento e distanciamento social.

Números

Com base nas emissões das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), Notas Fiscais Eletrônicas do Consumidor (NFC-e) e outras dados, a Secretaria de Fazenda do Estado de Alagoas (SEFAZ-AL) efetuou análises e elaborou o Boletim de Receita Estadual

As análises realizadas compreendem o período a partir das medidas de quarentena definidas nos Decretos Estaduais de 21 e de 31 de março, em relação ao mesmo período do ano anterior – onde não havia pandemia.

Notas Fiscais

Semanas após a quarentena,  verificou-se uma redução de 30,31% na emissão de NF-e. Ao analisar os valores diários das vendas realizadas nas duas primeiras semanas de quarentena, observou-se uma queda nos valores das vendas realizadas principalmente nos dias 22 e 29, coincidentemente dias de domingo.

Ao traçar um comparativo de vendas dos contribuintes nas duas primeiras semanas de quarentena, foi verificada uma queda brusca nos valores das Notas Fiscais Eletrônicas emitidas na ordem de 19,60% frente à primeira semana de início das medidas implantadas contra a Covid-19, reflexo da diminuição do consumo em razão do isolamento social e das restrições de circulação.

Combustíveis

As maiores quedas, se comparadas com o mesmo período do ano passado, são em relação à venda de combustíveis. Desta vez, verificou-se que houve uma redução de 40,16% no volume de vendas. Na 1ª semana, após terem sido adotadas as medidas de quarentena, houve um decréscimo de 21,76% em relação à semana anterior. E, na 2ª semana as vendas decaíram 9,45% em relação à 1ª semana da COVID19.

Atividades

O setor de Alimentação, composto por empresas que atuam no atacado, no varejo e na fabricação de produtos alimentícios, bem como, hipermercados, frigoríficos, peixarias, restaurantes, bares e padarias, foi o único que apresentou melhoras.

O setor de alimentação tem características diferenciadas dos demais segmentos analisados pelo fato de ser um setor essencial. Por isso, uma parte deste setor continua com funcionamento normal.

Com isso, houve um acréscimo de 2,19% em relação ao valor das vendas realizadas, de forma que se pode afirmar que, em regras gerais, o setor se manteve estável.

Já outros setores, como o automotivo e bebida e fumo despencaram em mais de 60%:

Na construção Civil, o setor apresentou uma queda aproximada de 54% no período analisado. Também foi verificado que, na comparação das duas semanas antes e duas semanas após o Decreto governamental para realização da quarentena, a redução foi em torno de 57%.

O setor mais atingido em Alagoas, proporcionalmente, foi o têxtil, com uma queda aproximada de 73%. A avaliação, considerando duas semanas antes e duas semanas após a implantação da quarentena, apresentou uma redução de aproximadamente 83%.

Este setor abrange a fabricação, o atacado e o varejo de mercadorias, de móveis, de sapatos, de tecidos, de artigos de armarinho, de eletrodomésticos e de lojas de departamentos.

Outros

Já os demais segmentos (comércio atacadista, varejista, fabricação, transporte, serviços e demais não classificados) obteve um pequeno acréscimo igual a 4,80% no período analisado. Observando-se pontualmente duas semanas antes e duas semanas após a quarentena, verificou-se uma redução neste segmento de aproximadamente 74 %

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