Sem anistia: Bolsonaro é responsável por invasão terrorista em Brasília

Jair fugiu para os EUA, mas durante anos orquestrou para que se repetisse no Brasil uma invasão de insurgentes

No dia 6 de janeiro de 2021, o Capitólio americano sofreu uma invasão de insurgentes, seguidores de Donald Trump, descontentes com a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais.

Pouco depois, o ainda presidente brasileiro Jair Bolsonaro comentava pela primeira vez a ação golpista. E com tom de ameaça: no Brasil, vai ser a mesma coisa.

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Não deu outra: em uma das raríssimas vezes em que ele acertava algo (ao contrário da Pandemia, Economia e Educação no Brasil), neste 8 de janeiro de 2023, o Brasil sofre o seu 6 de janeiro.

À época, Jair reclamava da falta de “voto auditável” ciente de que perderia a eleição e sua imunidade parlamentar (exatamente o que aconteceu), ele incitava de todas as formas o seu gado, com discursos inflamáveis contra a democracia e segura nacional.

Em 2020, Bolsonaro cogitou usar o Exército para fechar o STF e Congresso

Bolsonaro, que fugiu do país com medo de ser preso, não era o único: em seu entorno, o discurso era o mesmo. Seja os filhos ou demais congressistas aliados: a máxima era proliferar ódio contra oposição e outros poderes. Usar do “nacionalismo” para se impor contra quem pensava diferente.

E muitos os seguiram.

Teve quem matou desconhecido por fazer aniversário com tema do PT. Quem promoveu uma tentativa de invasão na PF para liberar um traficante aliado. Teve gente acampada em quartéis, por “mais 72 horas” durante mais de dois meses pedindo uma intervenção militar com Bolsonaro no poder. Gente que não aceitava a derrota, a subida de Lula na rampa no dia de sua posse. Atitude de terroristas.

Hoje cruzaram as quatro linhas da Constituição, tantas vezes mencionada por Bolsonaro – termo usado apenas por aqueles que um dia já tiveram vontade de extrapola-la. Pois bem, o fizeram e promoveram quebra-quebra nos três poderes, nas sedes do Legislativo, Executivo e Judiciário.

Os criminosos de hoje, e que não devem parar tão cedo, estão sendo financiados. Quem os colocou em ônibus até Brasília em domingo gastou dinheiro para que isso acontecesse. E como o Brasil funciona democraticamente e a maioria que elegeu Lula pediu que não houvesse anistia, não dá mesmo para perdoar quem age e financia esses atos. Para saber quem, é tecnicamente simples: basta seguir o dinheiro.

Para começo de conversa, todos neste domingo estão fazendo o favor de colocar a própria cara em vídeo, assumindo crimes contra a democracia. Pressionados, eles podem dizer quem os financiou até lá. Os financiadores, seguindo a lógica, possuem algum interesse e isso pode ser descoberto: empresários do agro, empresários falidos ou todo tipo de influencer que de uma forma ou de outra recebeu dinheiro do governo Bolsonaro – e que quer continuar mamando nas tetas de Jair.

Bolsonaro está hoje nos EUA. Mas enquanto presidente, promoveu durante anos este discurso de ódio. E se ele conseguiu convencer seguidores de que numa pandemia viral a vacinação e uso de máscara seriam coisas perigosas, fazer gente acampar na porta de quartel militar por dois meses e fomentando todo o tipo de mentira, claro que este 8 de janeiro é para ser colocado na conta dele.

Bolsonaro e seus filhos. Carla Zambelli, Boa Kicis e inúmeros outros secretários, ministros e outros seguidores alinhados com ele: todos responsáveis. E que a força da lei atinja, além dos invasores, todos eles. Sem anistia.

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