Uma dúvida feroz povoa os pensamentos do governador Renan Filho (MDB) na atualidade. Este é um ano pré-eleitoral e muita gente já se movimenta no Estado pensando nas eleições do ano que vem.
Mas, o governador de Alagoas, em seu segundo mandato, vive o drama do ser ou não ser candidato ao Senado no próximo ano, mesmo na condição de favorito nas pesquisas.
Ele pensa e analisa a conjuntura política.
A questão passa pela saúde financeira do Estado. Hoje, Alagoas é um dos poucos da Federação que tem suas contas ajustadas e com recursos consideráveis para investimentos.
Só de caixa próprio, frutos dos ajustes realizados pelo governo, Alagoas tem em seus cofres quase R$ 3,5 bilhões para investimentos.
Sem falar nos R$ 2 bilhões que entraram nos cofres do Estado, frutos do processo de privatização do sistema de água e saneamento.
Com o orçamento aprovado este ano, a expectativa da Fazenda estadual é movimentar uma receita líquida superior a R$ 11 bilhões.
Ou seja, os tempos das vacas magras já se foram e o governo tem estrutura para tocar obras e projetos de toda natureza, visando o desenvolvimento econômico e social da terra alagoana.
E aí que mora a dúvida: como deixar tudo isso de lado, largar o governo no próximo ano para disputar uma eleição?
Fazendo essa opção a regra do jogo é clara: sai Renan Filho e entra Marcelo Victor, presidente da Assembleia Legislativa.
Victor é hoje um aliado de primeira hora do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que lançará candidato próprio para o governo de Alagoas, contra o bloco de Renan. Assim, dizem os governistas, seria abrir as porteiras para as raposas.
Enfim, Renan Filho pensa e pensa.
Mas, dizem assessores próximos a ele que por ser jovem e com um futuro promissor, inclusive nacionalmente, deve ficar na cadeira de governador até o fim do mandato.
Principalmente por que neste caso, seguro morreu de velho.