A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) entrega, nesta terça-feira (18), mais uma biblioteca, a sétima instalada em estabelecimentos prisionais de Alagoas, batizada de Professor Anphilophio Jayme de Altavila Melo, destaque na política, na educação e na literatura. Dessa vez, a unidade contemplada foi o Presídio do Agreste, no município de Girau do Ponciano.
“Com muita felicidade que nós estamos inaugurando oficialmente a nossa biblioteca, que é um espaço onde nós podemos oferecer para os nossos reeducandos a possibilidade de conhecimento através da leitura. Eles poderão ter acesso a livros de assuntos variados, onde eles poderão aprender, treinar e aperfeiçoar a sua leitura”, destaca o policial penal Fábio Oliveira, diretor do Presídio do Agreste.
O secretário Diogo Teixeira, titular da Seris, comemora a entrega de mais uma biblioteca. “É nosso compromisso proporcionar formas de melhorar o cidadão que entrou no sistema prisional. A educação, enfim, a leitura, são instrumentos mais do que importantes nessa caminhada. O governador Paulo Dantas é nosso parceiro nesse trabalho de ressocialização e inclusão”, declara Teixeira.
“Nós sabemos que é muito importante o acesso a livros. É uma maneira de nós encontrarmos a possibilidade de estar em diversos ambientes sem sair daquele local onde estamos. É um espaço de suma importância para a ressocialização dos nossos reeducandos”, acrescenta Fábio Oliveira.
Segundo a policial penal Clarice Damasceno, gerente de Educação e Cidadania da Seris, o acervo da Biblioteca Professor Anphilophio Jayme de Altavila Melo conta com mais de 2,5 mil livros. Na unidade estão recolhidos 973 reeducandos. Desses, 951 participam do Projeto Livros que Libertam (LILI), que tem como meta a ressocialização das pessoas privadas de liberdade, oportunizando os direitos ao conhecimento, à educação, à cultura e ao desenvolvimento da capacidade de pensamento crítico através do acesso ao livro e da leitura de obras literárias e remição de pena.
Cada livro lido e validado por equipe de pedagogos e professores da Seris, o reeducando tem direito a quatro dias a menos de pena, sendo possível validar apenas uma obra por mês, que no acumulado de um ano pode chegar a 48 dias de remição.
“Temos sete unidades prisionais com bibliotecas completas e funcionando. É um grande avanço no processo de ressocialização e inclusão desses reeducandos”, conclui Clarice Damasceno.
Pela manhã, antes da inauguração, o Presídio do Agreste recebeu o Café Literário, iniciativa que se consolidou e passou a ser adotado fora do estado, graças a uma parceria da Seris, a Academia Alagoana de Letras (AAL) e o Tribunal de Justiça.