A proposta de reforma administrativa apresentada nesta quinta (3) pelo governo foi desidratada para atender a pressões de servidores e de políticos do centrão, aliados do presidente.
Na reta final, parlamentares convenceram Paulo Guedes (Economia) a retirar mais dois pontos do texto.
Tudo indica que estas mudanças serão crescentes até a votação da última etapa da norma, a que mais mexe com a vida dos servidores, em 2022, em pleno ano eleitoral.
Já prevendo futuras mudanças, não é de se estranhar que Guedes tenha proibido sua equipe de conversar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
A última etapa deve definir quais são as carreiras “típicas de Estado” que terão direito à estabilidade. Classes numerosas, como a de professores, correm o risco de perder o status, o que tende a balançar candidatos à reeleição, inclusive Jair Bolsonaro, e afrouxar a norma.
As ausências notadas são de um artigo que criava um “fast track” para privatizações e outro que acabava com a licença remunerada de servidores que se lançam candidatos.