18 de março de 2025Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Sesau assegura a transferência de bebê cardiopata para São Paulo

Internado na Maternidade Escola Santa Mônica, bebê foi diagnosticado com Síndrome de Hipoplasia do Ventrículo Esquerdo

Bebê foi diagnosticado com hipoplasia do ventrículo esquerdo e estava internado na Maternidade Escola Santa Mônica. Foto: Carla Cleto / Ascom Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) garantiu, nesta quinta-feira (27), a transferência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Aérea, de um recém-nascido com uma grave cardiopatia congênita para o Instituto do Coração (Incor), em São Paulo.

O bebê, que estava internado na Maternidade Escola Santa Mônica, foi diagnosticado com Síndrome de Hipoplasia do Ventrículo Esquerdo e precisará passar por uma série de cirurgias complexas. Por isso, foi encaminhado para uma unidade de referência nacional no tratamento da patologia.

A transferência foi realizada por meio da Central de Regulação de Alta Complexidade (Cerac) da Sesau, que além do transporte aéreo adequado, também assegurou e equipe especializada para garantir a segurança do bebê durante o deslocamento. Segundo os médicos, a intervenção cirúrgica é essencial ainda no período neonatal para possibilitar a adaptação do coração à fisiologia univentricular e aumentar as chances de sobrevida.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destacou que o compromisso da Sesau é oferecer suporte integral às famílias que precisam de atendimento de alta complexidade fora do estado e garantir que todo paciente que necessite de tratamento especializado receba a assistência necessária.

“O recém-nascido precisava de uma cirurgia que não é realizada em Alagoas e no Nordeste, e não medimos esforços para garantir sua transferência com toda a segurança e rapidez. Seguimos acompanhando o caso de perto para assegurar que ele receba o melhor tratamento possível”, afirmou o médico.

O bebê foi diagnosticado com uma malformação cardíaca grave, sendo totalmente dependente do funcionamento do canal arterial para a circulação sanguínea. Sem a intervenção cirúrgica, a condição evoluiria para insuficiência cardíaca grave, com risco iminente de morte.

O tratamento envolve três estágios cirúrgicos, sendo o primeiro a cirurgia de Norwood, que precisa ser realizada ainda nos primeiros dias de vida. Nos meses seguintes, outras duas intervenções, a cirurgia de Glenn e a cirurgia de Fontan, serão necessárias para redirecionar o fluxo sanguíneo e permitir uma melhor adaptação do coração.

Além da Cerac da Sesau, também atuou na transferência do bebê, o Programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD), essencial para garantir que pacientes alagoanos tenham acesso a serviços de saúde que não estão disponíveis no estado. Com isso, é assegurado atendimento de qualidade e suporte contínuo aos pacientes e suas famílias.