20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Silas Malafaia acusa ‘safadeza’ e ‘jogo sujo’ de ministros dentro do Planalto

Pastor, pré-candidato a vice de Bolsonaro, diz que ministros fazem campanha contra indicação de Mendonça para o STF

Silas Malafaia xinga ministros de Bolsonaro e diz que são inescrupulosos

Considerado o principal apoiador de Bolsonaro entre os evangélicos, um dos últimos redutos eleitorais onde o presidente mantém consistência de aprovação, o pastor Silas Malafaia decidiu esticar a corda na cobrança pela nomeação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em um vídeo postado na manhã desta segunda (11) ele ataca “políticos cujos gabinetes estão no Palácio do Governo” e que “são contra a indicação de André Mendonça ao Supremo”.

Segundo ele, trata-se de uma gente “inescrupulosa”. Em postagens nas redes sociais, ele acusa “safadeza” e “jogo sujo” dos ministros do Centrão.

Dentro do Palácio estão os ministros Ciro Nogueira (PP) da Casa Civil, que fica no quarto andar do Planalto, e da  Secretaria de Governo, sob o comando de Flávia Arruda, ambos integrantes do Centrão, ala que abarca, ainda, o ministro das Comunicações, Fábio Farias.

Todos, políticos licenciados de mandatos no legislativo federal e que nas últimas semanas passaram a defender o nome de Alexandre Cordeiro de Macedo, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para o STF.

A indicação de Mendonça é vista com uma das maiores promessas de Bolsonaro à ala evangélica. Em compensação, o Centrão tem abocanhado espaços cada dia  maiores no governo em troca de um necessário apoio dentro do Congresso para implementação das pautas do governo Bolsonaro e estancagem de um eventual processo de impeachment. O PP, partido de Ciro Nogueira, inclusive, está na lista dos possíveis destinos do presidente, que continua sem sigla para disputar a eleição.

O presidente remeteu o nome do ex-advogado geral da União ao Senado em 13 de julho, mas a nomeação depende de uma sabatina a ser realizada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. A pauta da CCJ, no entanto, está nas mãos do presidente da comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que até o momento não agendou a data da sabatina.